Nova abordagem nas práticas pedagógicas com o uso das nTICs na Educação Superior
Denise Simões Dupont Bernini¹, Evandro Paulo Bolsoni², Carlos Henrique M. de
Souza³, Marcos Antonio da Silva1
1Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo
Cachoeiro de Itapemirim – ES – Brasil
2Centro de Ciências do Homem (CCH), Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro -UENF. Campos dos Goytacazes – RJ – Brasil
Resumo. Este artigo tem a intenção de discutir o que são as nTICs no ensino, propondo uma analogia entre diferentes escolas pedagógicas, seus processos e objetivos, o conceito de Tecnologia Educacional, Instrução Programada e Máquina de Ensinar em comparação com as metodologias usadas no processo de aprendizagem pretendidas para o século XXI, quando se proporciona a construção do conhecimento de maneira independente e criativa.
A universidade na sociedade do conhecimento O termo “Sociedade da Informação” vem sendo apontado em variados documentos em âmbito mundial pela UNESCO e UNGASS (Assembléia Geral das Nações Unidas), pela Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação -CMSI, em âmbito nacional, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia além de ser veiculado por inúmeras Ongs e
Organizações públicas e privadas.
No Brasil “é o fundamento de novas formas de organização e de produção em escala mundial, redefinindo a inserção dos países na sociedade internacional e no sistema econômico mundial.” Takahashi (2000), define Sociedade da Informação como sendo: um estágio de desenvolvimento social caracterizado pela capacidade de seus membros (cidadãos, empresas e administração pública) de obter e compartilhar qualquer informação, instantaneamente, de qualquer lugar e da maneira
mais adequada.
Este estágio apontado por TAKAHASHI (2000), no Livro Verde está intimamente ligado à evolução das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC - 2009, ISSN: 2176-4301 (nTIC), que têm papel fundamental no desenvolvimento social e cultural, valendo destacar que não são um fim em si mesmas, porém influenciam diretamente toda a sociedade. Neste contexto, a importante missão do cidadão é “gerir todas as novas ferramentas que tem ao seu dispor de forma a facilitar a sua vida (...)” (APDSI, 2003).
TARAPANOFF (2001 p.35) aponta alguns fatores que são propulsores no quadro de mudanças de paradigmas sociais, quais sejam: -as novas tecnologias (novas metas para tecnologias da informação, computação em rede, aberta e centrada no usuário); o novo ambiente empresarial (mercado dinâmico, aberto e competitivo); a nova empresa (organização aberta com atuação em rede e fundamentada na informação); e a nova ordem geopolítica (realidade mundial aberta, volátil e multipolar) As nTICs são encontradas na educação em diferentes momentos: TV via satélite, Ensino Interativo pelo rádio, programas de televisão e videocassete gravados, curso interativo pela TV ao vivo com perguntas via telefone e e-mail, computador, através de softwares educativos, Internet, fóruns de debate, listas de discussões, sites informativos, videoconferências, etc.
As nTICs conforme PAVARINI (1999) podem ser entendidas como: Uma rede TIC é uma coleção de redes eletrônicas que propiciam acesso à programas de aplicação, serviços, e comunicações -via
computadores, telefones, e equipamentos de vídeo (...)As redes consistem fisicamente de circuitos, que cobrem a distância entre os emitentes e receptores.
O uso freqüente das nTICs na educação é irreversível, pois as necessidades e os objetivos educacionais são interligados às necessidades sociais. Isso acontece porque a educação pretende dar conta da formação de indivíduos capazes de conviver e solucionar problemas do cotidiano. Para tanto, tais recursos devem estar intrínsecos nas salas de aula, possibilitando o acesso a informação para a população acadêmica, possibilitando com sua inclusão digital e social.
Alunos e professores recebem, no seu dia-a-dia, informações que não são providas dos meios acadêmicos. Este fato altera o perfil dos indivíduos envolvidos na educação, tornando suas informações mais atualizadas. Questões como estas, têm incomodado os profissionais da educação, bem como a questão de como utilizar as nTIC em ambientes de aprendizagem, planejando com cuidado para que informações errôneas não se tornem verdades acadêmicas, ou que os recursos de comunicação não sejam sub-utilizados como ferramentas na mera exibição da informação, por meio de “aulas espetáculos” de transmissão de conteúdo.
A verdadeira incógnita é saber se os professores irão apossar-se das tecnologias como um auxílio ao ensino, para dar aulas cada vez mais ilustradas por apresentações multimídia, ou para mudar de paradigmas e concentrar-se na criação, na gestão e na regulação de situações de aprendizagem. (PERRENOUD, 2000) Autores como PERRENOUD (2000), ALMEIDA (2000), PALLOFF (2002),
SANCHO (1998), entre outros, concordam que o papel do professor tem se alterado XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC - 2009, ISSN: 2176-4301 com uso das nTICs na educação, saindo do pedestal de detentor de conhecimentos e transmissor de informações, para orientador de estudos e participante no processo de construção do saber.
A expressão ensino-aprendizagem passa a ter nova conotação, antes se entendia: “alguém ensina para alguém aprender”, hoje se entende: “alguém organiza atividades e orienta para que alguém interaja com as informações”. Estas mudanças nas práxis podem acontecer por vários motivos, um dos quais é a inserção de novos meios como auxiliares na educação. (...) o trabalho é uma práxis, ou seja, a ação humana pressupõe a relação dialética entre a teoria e a prática, o pensar e o agir.
Então a pergunta “Saber para que?” responderíamos enfaticamente: “para transformar o mundo e a si mesmo”. É sob esta ótica que pensamos a escola como transmissora do saber acumulado em uma determinada sociedade e também como local de recriação e crítica do saber. (...) (ARANHA, 1996)
Com a evolução das nTIC, o cotidiano do homem se transforma, passando a ser marcado pela automação, em todas as áreas de atuação, a máquina torna-se o meio entre o indivíduo e o mundo.
Acompanhando os estudos de ARANHA (1996), observamos, claramente, a influência, ao longo das ultimas décadas, da evolução tecnológica que os mecanismos educativos adotados por docentes sofreram, dentre eles podemos citar: A escola Tradicional; O movimento da Escola Nova; A escola Tecnicista; e o Construtivismo. Esta trajetória faz-nos entender que o fazer pedagógico é também diretamente influenciado por fatores sociais, políticos, econômicos além dos avanços tecnológicos.
Os conceitos de tempo e distância passam a ter novas acepções com tal avanço.
Exibições de eventos mundiais como uma guerra ou uma cirurgia cardíaca, na tela de TV ou monitores de computadores, aproximam fatos e pessoas, quase em tempo real, possibilitando ações imediatas que alteram o cotidiano de diferentes sociedades. As informações chegam ao cidadão das mais variadas maneiras e ter acesso a elas não significa dominá-las, e ter domínio técnico não assegura utilizá-la de forma a proporcionar ambientes de formação de indivíduos críticos, pode, ao contrário, mascarar a formação de indivíduos alienados de suas realidades.
E este espaço de transmissão do saber citado por ARANHA (1996), é senão a escola, mais precisamente a sala de aula, onde a comunicação é um veículo de suma importância. “Comunicação é “tornar comum”, isto é fazer saber a todos ou a muitos”(ARANHA, 1996) através de diferentes recursos tecnológicos incluindo-se aí o professor com seu discurso. O novo debate centra-se no fato de que “mais importante que a análise do conteúdo de uma mensagem, é seu veículo” (ARANHA, 1996). Isso porque a mesma informação terá repercussões variadas junto ao receptor da mensagem
mediante o uso de recursos audiovisuais diferentes.
(...) É muito controvertida a discussão em torno dos seus efeitos. Afinal, a mídia massifica? Aliena? Instiga a violência? Estimula artificialmente a sexualidade? Forma opinião pública? Leva a XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC - 2009, ISSN: 2176-4301 passividade e ao conformismo?Impede as pessoas a tomarem gosto pela leitura?(“...)” (NETTO, 1976, p. 50) Cabe lembrar que as informações veiculadas na mídia refletem ideologias do sistema na qual está inserida, veicula os valores e normas de conduta sociais.
Então o que é ensinar? Tecnologia Educacional ou Tecnologia da Educação conforme NETTO (1996), em seu Livro Tecnologia da Educação e Comunicação em massa, expõe: (...) significa o desenvolvimento de um conjunto de técnicas sistemáticas, e do conhecimento prático que as acompanha, para o planejamento, o teste e a operação das escolas como sistemas
educacionais (...).
Devemos então entender que “ensinar não é o mesmo que aprender”. Basicamente BORDENAVE & PEREIRA (2002 p.41) definem o processo de ensinar como: Tecnologia da educação é a aplicação sistemática, em educação, ensino e treinamento, de princípios científicos devidamente comprovados em pesquisas, derivados da análise experimental do comportamento e de outros ramos do conhecimento científico (psicologia experimental da aprendizagem, teoria da comunicação, análise de sistemas, cibernética, psicologia experimental de percepção).
O processo de ensino consistiria em planejar, orientar o aluno e avaliar sua aprendizagem. Com os avanços tecnológicos da década de 60, o uso de recursos de comunicação tornou-se parte das propostas de ensino, porém estas ferramentas podem ser utilizadas de forma a doutrinar o aprendiz.
Quando expomos o conteúdo de texto por meio de algum recurso audio-visual (retroprojetor, apresentação no PowerPoint, texto xerografado, explicação com o texto no quadro ou vídeo) em seguida, ou concomitantemente, fazemos a exposição oral explicando-o, e esperamos que o aluno esteja apto a responder às questões propostas oral ou escritas, coibindo o aprendiz a exercitar e a desenvolver novas habilidades junto ao conteúdo proposto. Então como utilizar os recursos das nTICs a fim de criar um ambiente de aprendizagem para que o professor passe a orientar e a instigar os alunos a tomarem contato com os conteúdos propostos e transformarem tais informações em
conhecimentos?
No primeiro momento, o professor deve ter domínio da TIC, conhecer suas vantagens, desvantagens, limites, possíveis erros e como sua utilização pode influenciar na aprendizagem. É preciso desmistificar alguns conceitos. É mito dizer que o professor se intimida diante das nTICs, ele se intimida quando não domina o conteúdo que irá trabalhar, pois a vivência trará conhecimento de como aquelas influenciam no processo de aprendizagem. Identificar a escola como local de inclusão digital do professor e da maioria dos alunos, possibilitando-lhes assim igualdade na construção de
conhecimentos, envolvendo os alunos em mais atividades aproveitando sua ousadia, curiosidade e domínio rápido de novas técnicas são outras ações validas nesse processo. XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC - 2009, ISSN: 2176-4301
Recriar as práticas pedagógicas, aproveitando os novos recursos, apontados pelo autor de Tecnologias do Conhecimento: os Desafios da Educação permite: a) estocar de forma prática as informações (...); b) trabalhar esta informação de forma inteligente (...); c) transmitir a informação de forma muito flexível (...); d) integrar a imagem fixa ou animada, o som e o texto de maneira muito simples, ultrapassando a tradicional divisão entre a mensagem lida no livro, ouvida no rádio ou vista numa tela (...); e) manejar os sistemas sem ser especialista (...).
(DOWBOR, 2001) Assim, alteram-se antigos esquemas propostos dos profissionais da educação, o professor assume a postura de orientador e colaborador, no processo de aprendizagem do grupo. Os conteúdos a serem explorados tornam-se objetos de estudo, que, através das nTICs apresentam-se atualizados e infindáveis. E o aluno, abandonando a postura receptiva, utiliza as informações pesquisadas nas nTICs, a fim de incorporá-las em seus saberes como novos conhecimentos e durante este processo, acontecem as percepções de seus erros e neste momento a oportunidade para uma aprendizagem significativa.
Tais feixes de considerações ensejam a urgente necessidade de se repensar certas práticas que, nesta sociedade da era da Informação, inevitavelmente tornaram-se obsoletas e até inócuas no ensino superior. O ensino universitário deverá passar a oferecer ambientes de aprendizagem colaborativa, a Educação assumirá uma postura dinâmica, atualizada tornando-se fidedigna aos seus princípios e objetivos mais verdadeiros e as nTICs acompanharão o crescimento do aluno contribuindo para a construção dos seus conhecimentos.
O universitário deverá neste novo ambiente, interagir com as informações, os colegas, os professores e com diferentes tecnologias de ensino, elementos que constituem a comunidade educativa pretendida em muitas Instituições de Ensino Superior Brasileiras. Nesta prática, a comunicação acontece entre o grupo de forma natural, são vários alunos, mediados e orientados pelo professor, trocando, entre si, informações obtidas por meio de pesquisas, do professor, ou de conclusões de discussões, passando, assim, a explorarem o conteúdo de forma colaborativa. Tais práticas sugeridas por PALLOF e PRATT (2002) para a Educação à Distância também podem proporcionar atividades de
sucesso ao ensino presencial.
O esquema, a seguir, explicita a metodologia planejada pelo professor, ele e as TICs são os meios de interação entre o aluno e o conteúdo. XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC - 2009, ISSN: 2176-4301 Interação aluno conteúdo nTICs Facilitador M e t o d o lo g i a Facilitador Fig. 1 – Interação aluno, professor, nTICs e conteúdo Na figura o professor apresenta-se como propulsor articulando a metodologia de trabalho a fim de proporcionar ao aluno acesso ao conteúdo, aos recursos e a ele mesmo como fonte de informação. Nesta articulação, o aluno terá acesso ao conteúdo sem restrições, utilizando-se das nTICs para produzir, articular e acessar as informações, possibilitando a construção do saber.
Ter domínio de diferentes estratégias de ensino, tanto quanto do conteúdo proporciona ao professor maior segurança no planejamento de uso com nTICs, objetivando variadas possibilidades de ação que proporcionem a reflexão das informações estudas. Na tentativa de buscar uma educação que prime pela qualidade, encontramos uma grande parcela de escolas que utilizam as TICs de forma a oferecer ao aluno a efetiva construção do conhecimento. Isso ocorre por meio do uso do computador ou
outro recurso como meio.
O aluno manipula as informações no computador a fim de realizar determinada tarefa, tendo a oportunidade, em muitos casos, de avaliar suas próprias ações diante do conteúdo. Nessa operação, o aluno percebe suas conquistas e seus erros, reprogramando suas ações com vistas à modificação de seus resultados.
O professor acompanha, orienta, estimula; com estas ações, mudam-se os ventos da educação e por contágio os da sociedade que não ficará indiferente com os problemas por alienação ou falta de informação. Sobre isso diz CORTELAZZO (1998, p.8) quando expõe: A partir de textos teóricos básicos em Comunicação, Educação e Tecnologia necessitam-se desenvolver uma prática tecnoeducacional-comunicacional que instrumentalize o professor do Ensino Superior a questionar e transformar a sua prática pedagógica atual. Necessita primeiro, mudar a sua postura, sua atitude em relação à educação e incorporar, no seu planejamento e na sua atuação, novas formas comunicacionais com seus pares, XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC - 2009, ISSN: 2176-4301 adquirir proficiência e competência em relações às diversas tecnologias comunicação (rádio, vídeo, TV, jornal, multimídia, redes de computadores, etc.) possíveis de serem utilizadas em sua prática pedagógica e, então, incorporá-las em sua atuação na
sala de aula.
E também com MORAN (2003): Só podemos educar para a autonomia, para a liberdade com autonomia e liberdade (...) só podemos ensinar o que podemos aprender (...) Só vale a pena estarmos juntos fisicamente -num curso empresarial ou escolar -quando acontece algo significativo, quando aprendemos mais estando juntos do que pesquisando isoladamente nas nossas casas. Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais..” Alguns exemplos simples de uso da nTICs na educação acontecem sem que se tenha um planejamento específico para tal ferramenta, porém, o planejamento adequado com tais ferramentas pode oferecer mais segurança ao professor e melhores êxitos na
aprendizagem.
O uso da TV no ensino é muito difundido entre os variados níveis da educação, podemos citar exemplos em que a TV é utilizada de modo a deixar o aluno passivo pois a TV transmite as informações e o aluno, expectador jovem ou adulto, não pode intervir, não interage.
Como utilizar este recurso a fim de tornar o aluno ativo no processo? Ao exibirmos um vídeo seja ele um documentário, filme, vídeo-lição ou outro tipo, podemos orientar os alunos a discutirem sobre o programa exibido e em seguida redigirem um relatório sobre o que assistiram. Neste caso o aluno assumirá uma postura passiva diante do conteúdo transmitido, pois sua prática restringe-se a assistir, comentar e descrever. Ou seja, acontece ai a transmissão monodirecional de conteúdo.
Partindo da mudança de papéis, onde o aluno é precursor do seu processo de aprendizagem, e o professor mediador, orientador e animador, as estratégias de ensino devem girar em torno de atividades em que o conteúdo seja esmiuçado pelo aluno. As nTICs servem-se como meio de pesquisa e comunicação entre indivíduos que compartilham do mesmo interesse.
Cabe ao professor orientar atividades que propiciem ao aluno a localização, seleção e manipulação de informações relevantes aos objetivos de ensino e de aprendizagem. A orientação do professor, na comparação de filmes que tratem de conteúdos similares, propondo aos alunos discutir suas diferenças e igualdades, e em seguida criar uma versão própria, seja ela escrita, filmada, dramatizada ou expressa de outra forma, leva o aluno a estudar, profundamente, a informação, transformá-la em
conhecimento significativo para que este gere sua contribuição.
A utilização de vídeos com a função apenas ilustrativa ou motivadora em um planejamento, em que as atividades primem pela pesquisa e interação do aluno com a informação, também, é relevante, pois a TIC é utilizada como meio, e não como fim. XX Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, Florianópolis - SC - 2009, ISSN: 2176-4301 Com o uso do computador não é diferente.
Acompanhar os alunos ao laboratório de Informática para apresentação de belíssimos slides produzidos no PowerPoint, executar um programa de exercício e prática de conteúdos tratados em sala, ou assistir à simulação de fórmulas, condiciona o aprendizado à simples recepção e repetição de informações, modelo de aprendizagem onde o aluno é personagem passivo em um ambiente pós-moderno.
Motivar os alunos a pesquisarem na Internet autores diferentes que tratem do mesmo assunto, estabelecer diferenças entre seus conceitos e produzir um material próprio, leva o aluno ao estudo das informações constantes nas nTICs, incorporando à sua realidade o que é significativo no processo de aprendizagem. Atividades como a criação de páginas na Internet, divulgando os resultados obtidos em pesquisas, a criação de painéis em software de apresentação para posterior exposição em locais públicos, participação de atividades nos meios eletrônicos como listas de discussão, fóruns eletrônicos, portfólios virtuais são algumas das inúmeras possibilidades que o professor tem para viabilizar o uso deste recurso, sem confinar o aluno a uma apresentação no Datashow, que não favorece o dialogo com a informação, apenas recebe-a passivamente.
Programar Oficinas Pedagógicas, em que os alunos participem colaborando para com a construção do conhecimento coletivo, através de suas habilidades particulares, situações em que todos são responsáveis pela aprendizagem de todos, fortalece o comprometimento do aluno com sua aprendizagem e do grupo. Estes são alguns exemplos de práticas que propiciam aos alunos diferentes oportunidades de desenvolvimento, amadurecimento intelectual e construção de conhecimentos significativos. Tornar o aluno um importante personagem no processo de aprendizagem, com o uso das nTICs como ferramenta, aproxima a educação, um pouco mais, dos anseios sociais e das necessidades do cidadão.
Cabe ao professor aproveitar as nTIC como auxiliares no seu fazer pedagógico, aprimorando-se e partilhando estas novas conquistas com seus alunos. Considerações Finais Partindo da mudança de papeis, onde o aluno é precursor do seu processo de aprendizagem, e o professor mediador, orientador e animador, as estratégias de ensino devem girar em torno das atividades em que o conteúdo seja esmiuçado pelo aluno. As nTICs servem-se como meio de pesquisa e comunicação entre indivíduos que compartilham o mesmo interesse. Motivar aos alunos a pesquisarem na internet autores diferentes que tratem do mesmo assunto, estabelecer diferenças entre seus conceitos e produzir um material próprio, leva o aluno ao estudo das informações constantes das nTICs, incorporando sua realidade e o que é significativo no processo de aprendizagem. Torna o aluno um importante personagem no processo, com o uso das nTICs como ferramenta, aproxima a educação, um pouco mais, dos anseios sociais e das necessidades do cidadão.
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